sábado, 15 de agosto de 2015

Olá queens, como vocês estão? Espero que muito bem! HAHA’ Deixa eu perguntar: você já ouviu falar da Carol Rossetti? Se sim, parabéns; caso contrário, eu conto quem ela é. Carol Rossetti é uma designer e ilustradora brasileira – agora também é autora do livro “Mulheres” – e que ganhou fama no Facebook por suas ilustrações com textos rápidos e claros sobre os direitos da mulher. Sim, Carol Rossetti é uma feminista assumida, como a própria página dela diz.
Não sei dizer ao certo quando foi a primeira vez que vi uma ilustração da Carol circulando pelo Facebook, mas sei que fiquei extremamente admirada com a maneira que esta artista trata os direitos simples de toda mulher pelo mundo. Temas como aborto, opção sexual, direito e ir e vir, e até a vestimenta de uma mulher que causa tanta polemica a Carol Rossetti abordou em suas ilustrações.
E suas ilustrações transmitem cada sentimento que a mulher sente quando ouve e passa por determinada situação. E o melhor de tudo, cada ilustração tem um nome e nomes comuns como Maria, Ana, Clara, Madalena, Júlia, entre tantos outros e cada mulher representa o que todas nós já passamos alguma vez na vida.

Carol Rossetti é designer, ilustradora e feminista, e deixa isso bem claro em todas as suas ilustrações;
Quando observamos, lemos e refletimos sobre essas pequenas e simples ilustrações de Rossetti, percebemos o quão importante é a luta do feminismo e que ele nunca, jamais, irá ditar regras sobre o corpo da mulher. Pelo contrário, o feminismo busca essa liberdade de podermos ser mulher sem a sociedade nos julgar.
Ilustrações que deveriam servir como um verdadeiro “tapa na cara” dos machistas que acreditam que mulher é um mero objeto, que só consegue as coisas por ser bonita ou “por pena”, que é abusada porque quer.
E se eu tinha dúvidas se eu era feminista, depois de conhecer o trabalho da Carol Rossetti elas acabaram, porque eu sou feminista. Tenho o direito de pensar o que quiser, como quiser e quando quiser, porque eu sou dona de mim e nenhum homem deve dizer o que eu tenho que fazer ou não. Na verdade, ninguém deve.


Se interessou pelo belíssimo trabalho da Carol Rosseti? Então acessa lá o site da Carol e a página no Facebook. Ah! Você também pode comprar o livro “Mulheres – Retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade” nas livrarias do Brasil. Corre lá!
Espero que tenham gostado de rápido e curto post. Até o próximo!

quinta-feira, 23 de julho de 2015


Kagome, Rukia, Lara Croft, Hermione Granger, Alice, Branca de Neve, Pequena Sereia, Sakura Kinomoto, Haruno, Arlequina... sim, essas são algumas personagens de desenhos, animes e jogos que muitos de nós conhecemos. E há quem goste de dar vida para elas mesmo que não seja uma atriz com certificado ou autorização. Quem dá vida a essas personagens são chamadas de cosplayers, pessoas que representam personagens à caráter. Pelo mundo, eventos e até mesmo concursos elegem os melhores e as melhores cosplayers, e no Brasil esse costume vem se difundindo ao longo dos anos em eventos como Anime Friends (SP) e AnimeZone (Londrina-PR) que movimentam às férias de julho e dezembro.

Mas se engana quem acredita que “cosplayer” é coisa de criança. Muitas de nossas cosplayers, lembrando que me refiro ao Brasil, como Bunnyko e Julie não são mais adolescentes de 12 anos de idade. São adultas! Só que ser cosplayer no Brasil ainda é bem difícil principalmente quando a questão é “respeito”. Com o número de eventos nerds e geek aumentando, aumenta-se também o destaque na mídia e durante a semana do dia 13 de julho, a emissora Globo deu grande destaque ao evento Anime Friends, que ocorreu aqui em São Paulo, e coincidiu com a Comic Com San Diego, dos Estados Unidos. Durante a CCSD, cosplayers mulher reclamaram do assédio sexual que sofreram e, pelo jeito, aqui no Anime Friends não foi tão diferente.


Eu entrevistei três pessoas que participaram (nessa e em outras edições de eventos do gênero) para saber se elas, cidadãs comuns e que gostam de ser cosplayer, já sofreram ou conhecem pessoas que passaram por essa situação. A Cissa (21 anos), primeira entrevistada, respondeu que não conhece e nunca sofreu esse tipo de abuso; quando foi cosplayer, há mais ou menos dois anos, apostou no “sexy no jutsu” do Gaara, personagem do anime Naruto, numa versão Lolita (moda japonesa). Minha segunda entrevistada, a Micaelle (21 anos) foi ao evento geek como Mario Bros, em uma versão feminina, que tem sido muito cotada nos últimos eventos, afinal, quem não gostava de jogar Mario? Ambas, Cissa e Micaelle, contam que nunca sofreram nenhum assédio nos eventos. Por outro lado, Ana Paula de 14 anos, que foi cosplayer da versão feminina do Luigi (também do jogo Mario Bros.) afirme que não sabe ao certo se sofreu assédio, porém, informou que um garoto passou a mão na bunda dela.

Tish: E como você reagiu com relação a isso?
Ana Paula: Comecei a falar “quem você pensa que é?”

Sim, Ana Paula, você sofreu um abuso mesmo acreditando que não seja. Isso de “passar a mão” ou “apalpar” qualquer parte do corpo de uma cosplayer (mesmo que ela não esteja sendo cosplayer) é um absurdo e um assédio, independentemente da idade ou do lugar em que você está. Independentemente da sua roupa. E todas elas tiveram a mesma opinião sobre uma perguntar "você acha que uma cosplayer merece isso?". Sabe qual foi a resposta: NÃO. E um trecho do que a Cissa falou eu concordo: assediar e mexer com uma cosplayer, é rebaixar sua arte e seu trabalho.

Cosplayer não é uma brincadeira boba e muito menos somos modelos pagas para isso. Falo “somos” porque eu também sou cosplayer e esse foi meu segundo ano como Alice, de Alice in Wonderland, em eventos como o Anime Friends. Quando decidi que eu iria ser cosplayer, inovar e melhorar em cada evento os meus cosplays, decidi por gostar e não para chamar a atenção como muitos machistas apontaram em resposta a reportagem do site do G1. Animes, HQs e jogos erotizam demais suas personagens femininas, mas não cabe ao homem dizer o que a mulher deve ou não vestir porque, a partir do momento em uma mulher ou uma garota decidi ser cosplayer e investe em uma personagem como a Arlequina da Margot Robbie ou a Viúva Negra da Scarlett Johanson, ela não deve ouvir piadas sujas, não está pedindo para você passar a mão ou apalpar sua bunda. Assim como você, jovem geek e nerd – se é que devo chamar você assim – que tem o direito de se customizar de Naruto, Subzero, Scorpion, Ryu, Goku, nós mulheres também temos o mesmo direito de nos divertir e querer mostrar que somos capazes de interpretar.

Nunca sofri abuso, nunca mexeram comigo e nunca falaram nada, talvez por eu andar em grupo, mas é uma ofensa chamar uma cosplayer de vagabunda ou menosprezar a arte. Não existe roupa vulgar, existe seu olhar podre sobre tudo. E se lutar pelos meus direitos como mulher, como cosplayer, como pessoa do sexo feminino que quer ser respeitada me torna uma feminista, ótimo! Eu aceito ser chamada de feminista. O que não aceito, é ser objetificada. Sou cosplayer, sou mulher, mereço respeito!

* Cissa optou por ter somente seu apelido exposto na postagem. Já as fotos, são de minha autoria e de Mica Gois. Não conheço as cosplayers, caso você conheça, me avisa! (;

terça-feira, 21 de abril de 2015

Olá meus amores! Sentiram minha falta? Porque eu senti a falta de vocês. Sei que prometi que iria voltar com uma porrada de posts e não voltei e não escrevi nenhum até agora, só mudei a carinha do RF <3 Mas hoje vai ser diferente. Hoje resolvi fazer um "top alguma coisa" e vai ser sobre o gostinho da infância, e não estou falando do brigadeiro que você roubava da mesa no aniversário do irmão antes do parabéns. É colega, eu sei que você fazia isso. O Top Alguma Coisa de hoje vem repleto de animes que eu sei que você assistia entre 2000 e 2010, quando você era uma criança ou um adolescente chato pra caramba e para não encher o saco da sua mãe, que estava lavando a louça ou trabalhando, ela deixava você assistir. E o top começa já!

1. Sakura Card Captor
O anime que, com certeza, toda otome (e os otakus também que eu sei) assistiu nos anos 2000 e com certeza era doida para ter um bichinho como o Kero <33 Naquela época eu vomitava arco-íris por causa desse anime e shipava demais a Sakura e o Yukito, consigo até ouvir a vozinha da dubladora falando o nome dele! Também foram lançadas bonequinhas da Sakura que ficavam sentadas e servia de decoração para prateleiras (no meu caso, minha mãe deixava na estante para eu não pegar e destruir, o que não dava muito certo).

2. Hamtaro
Quem nunca assistiu as aventuras do porquinho da índia mais lindo e querido do mundo que tinha por missão ajudar a (tonta) amiga Laura?! *-*' Lembro que quando saiu esse desenho, pedi para os meus pais um porquinho da índia, mas a resposta foi um belo não (vlw, flw u-u). Hamtaro também foi sucesso e virou até chaveiro de pelúcia, porque nos anos 2000 quanto maior o chaveiro da sua mochila, mais legal você era na escola. Mas, no caso aqui, minha irmã que era sucesso no trabalho.

3. Astroboy

O menino robô do futuro, quem nunca? Não lembro exatamente quando estreou na Globo, mas lembro que eu assistia todo santo dia antes de ir para a escola. Vou confessar que não foi o meu anime favorito, mas eu gostava de assistir porque ele era lindinho e os traços dele todo redondo. E também era o único anime que minha mãe não implicava depois que a Globo tirou a Sakura :(

4. Digimon
Quem não lembra da titia Angélica cantando "Digimon, digitais" na abertura do desenho? Era uma das poucas coisas que realmente prestava em Bambuluar (mas você assistia, assim como eu, sem perder uma merda de episódio) e você fazia que nem na imagem quando ouvia a titia cantando, porque Digimon era algo sagrado! Até hoje quero a pelúcia de um deles. Acho que vou na Liberdade (bairro asiático de São Paulo) atrás do meu digimon, porque eu amo demais esse anime. <33

5. Pokemón
Outro "mon" queridíssimo da pivetaiada dos anos 2000: Pokemon, que já teve sei lá quantas temporadas porque faz muito tempo que não assisto. Quem nunca cantou, junto, "Pokemon, temos que pegar, isso eu sei, pega-los eu tentarei" e se emocionou com a amizade entre Ash e Pikachu? E adorava ver a Jessie e o James decolando na velocidade da luz? Cara, era a melhor hora do anime. Dava uma dózinha, mas eles bem que mereciam. A última vez que fui no Anime Friends quase pulei no James que tinha por lá porque ele era muito lindo e seduzente. Muitos dizem que Digimon copiou Pokemon, mas está enganado, parsa.

6. Cavaleiros do Zodíaco
Não é beeem dos anos 2000, né? Mas eu comecei a assistir nos anos 2000 quando passou na Band e porque meu irmão, que é de 1984, chegou louco e doido em casa quando descobriu que voltaria a passar a saga de Seiya e seus colegas protetores de Athena, que estava meio que encarnada na Saori (nunca gostei dela, só para constar). Eu era a única menina na escola que assistia e gostava de CDZ quando começou a passar na Band e para terminar de fu*** tudo, amava o Shun e o Hyoga <3 Era um bom anime, até surgir a última temporada que tive notícia que acabou com a história deles (falo mesmo!).

7. Dragon Ball, Dragon Ball Z e GT
Posso pressentir o perigo e o caos; o céu resplandece ao meu redor e desde o dia em que eu te reencontrei me lembrei daquele lindo lugar... Todas elas eu sei que você conhece e agora até deu vontade de cantar, não é mesmo? QQ Dragon Ball foi o anime que mais passou na rede Globo e em todos os seus formatos: Dragon Ball, Dragon Ball Z, GT, whatever. E era o anime que você estava assistindo, ou tentando assistir, quando as Torres Gêmeas foram atacadas em 11 de setembro de 2001. Você estava fazendo a genki dama para ajudar o Goku contra o Majin Bu. Para assistir o Goku e seus amigos em busca das sete esferas do dragão não tinha idade, sexo, tamanho, cor, idioma... Era o desenho mais eletrizante!

8. Bleach
Ichigo e Rukia fez parte dos anos 2000 com seus desentendimentos. Esse passava na Play TV (e voltou a passar até onde estou sabendo no mesmo canal) e os que assistiram lembram bem do safado e tarado Kon, uma alma presa num leão de pelúcia que deveria ajudar o Ichigo contra os shinigamis, mas não é lá muito eficaz. Tem também a Orihime, a ruiva peituda que parece ser o amor da vida de Ichigo; e as irmãs mais novas dele que são duas lindinhas! Esse anime me fez ter medo de lugares vazios e abandonados por um longo tempo até eu lembrar que não frequento nem passo por lugares assim!

9. Inuyasha
Quero mudar o mundo, cruzar os céus e nada temer, séculos passam num segundo, no brilho de um sorriso tem a força que me guia ao paraíso! O anime mais kawaii e mais "HAHAHA" que eu já assisti! *-* Inuyasha é um meio iokai meio humano que não gosta da sua condição; foi aprisionado em uma árvore pela sua paixão (Saori) e volta a liberdade quando Kagome vai parar no Japão medieval. Acontece tanta coisa empolgante que você realmente tem que ter assistido para entender. E sei que você torcia com todas as suas forças para que o Inuyasha deixasse de ser um turrão cabeça dura e desse logo um beijo daqueles na Kagome! Porque eles formaram o casal mais cute-cute do mundo!

10. Beyblade
Vou te mostrar do que ela é capaz e você vai ver que é veloz demais. Você vai pro chão e então levanta outra vez... É BEYBLADE! Além de Cavaleiros do Zodíaco, eu era a única menina que assistia Beyblade até o sexto ano quando conheci outra menina que também assistia. Eu tinha beyblade e era doida para ter a cuia também, mas me contentava em jogar no quintal de casa mesmo. Também ficava só no meio dos meninos, vendo eles jogarem e até trocávamos algumas peças. Mas gostava mesmo de ir para a casa da minha tia e competir com os meus primos. Pena que a Globo não passou Beyblade por muito tempo.

Bom, esse foi o meu "Top Alguma Coisa" com 10 animes que com certeza você assistiu nos anos 2000, quando nem todo mundo tinha TV a cabo, acesso a internet e muito menos existia Netflix. Tínhamos que nos contentar com o SBT e a Globo para assistir essas belezinhas. Para não gerar "mimimi", o top foi feito por meio do que eu assistia quando era criança. Lembrando que tenho 21 anos e minha infância foi no final dos anos 1990 e 2000.
Se quiser mais "Top Alguma Coisa", comenta aqui embaixo ou no facebook e aguarde!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015


Quando tudo começou, achei que não passaria de uma brincadeira, afinal, nunca que eu iria conhecer alguém pelo whatsapp e sendo por meio de outra pessoa que é a mãe. Mas eu arrisquei e, afinal, que mal faria passar meu telefone?
Mas no mesmo dia, isso mesmo, ele me mandou uma mensagem e começamos a conversar. Ele era, é na verdade, bem diferente de todos que já conheci. Só o vi por foto, fato, mas o jeito como ele escreve e fala, conversa, a sua voz... Seus elogios — nunca fiquei tão vermelha em conversar com alguém por whatsapp — me deixando desconcertada.
O único problema é que eu ainda estava fechada para tantos elogios, tantos carinhos e tanta ansiedade em tão pouco tempo. Na real, nunca imaginei que alguém pudesse se interessar por mim e que eu era a única pessoa que realmente me achava bonita. E ele chegou para acabar com tudo isso que eu tinha dentro da minha cabeça.
Ele me fez sorrir na frente do celular, já querendo que estar ao seu lado. Surreal? Para mim, totalmente.
E então veio o pedido para sairmos. Pude escolher tudo, até mesmo o filme e sairíamos mais de uma vez no fim de semana, se não fosse um compromisso inadiável.
Só que eu ainda tinha minha parte racional pensando, e com medo de ser magoada mais uma vez, sofrer mais uma vez e me iludir mais uma vez, até porque já dizia minha avó “quando a esmola é grande, o santo desconfia”. Eu não queria me entregar, me envolver de cabeça... Queria brecar antes de bater de cara no muro. Mas ele tirou o meu medo e aos poucos me conquistou.
Três dias bastaram para o sorriso bobo surgir em meus lábios. Três dias para o céu parecer mais bonito e o dia mais claro. Pode parecer loucura da minha parte, mas estou totalmente, completamente, e talvez até perdidamente apaixonada. Mas há uma diferença entre apaixonada e amando. Estou apaixonada, na ansiedade de poder ver, sentir o perfume dele e suas mãos.
Talvez não dê nada certo, mas pode ser que tudo dê certo. Não posso afirmar que é a pessoa certa pra mim, assim como não posso dizer que não significa nada porque significa tudo. Ele me fez perceber que eu posso sim me apaixonar novamente e ser madura para aguentar o que vier.

As borboletas do estômago podem até permanecer, mas elas não me incomodam mais. E foram necessários três dias para que eu voltasse a acreditar nos livros de romance que tanto ouvi falar e naqueles romances que parecem tão improváveis. Por que não arriscar?

domingo, 25 de janeiro de 2015

Ah, minha doce São Paulo. Nessas horas devo fazer minhas as palavras de Caetano "alguma coisa acontece no meu coração que só quando cruza a Ipiranga com a Av. São João". Cidade cinza e de tempo tão imprevisível quanto seu trânsito, que pode chegar a um total de 600 Km no horário de pico que já nem existe mais, porque toda hora o transporte está cheio. Carros dividem espaço com os pedestres, ônibus, vans escolares, motoqueiros e bicicleteiros. Ciclofaixas, faixas de ônibus, avenidas. Poluição.
Cidade abafada e quase sem árvores, mas também é a cidade do Parque do Ibirapuera, do Carmo, Vila Lobos, Ecológico do Tietê, Chico Mendes. Do Sesc Consolação, Belém, Itaquera... Praça da Árvore e Jardim São Paulo. Corinthians-Itaquera e Palmeiras-Barra Funda. São Paulo cinza predominante, mas que na periferia permite cores e grafite. Ah, minha doce São Paulo de feiras livres às terças, quartas, quintas, sextas, sábados e domingos! Que acolhe o nordestino, o nortista, o sulista, o centro-oeste, bolivianos, italianos, japoneses, coreanos, nigerianos, haitianos e tantos outros estrangeiros. Palco da bossa nova, do jazz, do samba, do funk, do rock, do pop, MPB. Do balé clássico ao tango.
É tanto estresse no dia a dia, que não paramos para observar sua beleza e sua falta. Os viadutos coloridos, que abrigam sob suas marquises pessoas sem casa, mas que dão tudo o que tem ─ que é nada ─ e dividem entre si. Tanto estresse, mas ainda sobra bom humor para conversar na hora de voltar para casa com alguém que você nunca viu na vida apenas para se distrair. Sobra espaço para ser gentil, ajudando uma senhora a descer do ônibus.
No meio da loura, sobra ainda um espaço para ouvir as histórias de amor das pessoas e animar a correria da Paulista, até porque, quem nunca viu Marinete cantando Ivete na Paulista? Ou o cover do Elvis Presley? Ah, São Paulo dos pedidos de casamento no meio da Paulista na decoração de Natal. Dos almoços em família e de shoppings lotados no fim de semana, porque Paulistano não tem tempo para a praia em tempo de trabalho.
E quando chove? Alaga tudo e se perde tudo, mas o paulistano tem garra para tirar a lama da casa e recomeçar tudo, levantando as cinco da manhã para trabalhar no dia seguinte. Com chuva ou sol, ou os dois. Nada nos abala.
São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, é tudo junto na mesma casa e coitada da dona Maria quando se junta todo mundo na casa dela para assistir aos "clássicos" futibolísticos, mas ela já tem a tática e prepara aquele macarrão com molho e um frango frito, ou assado. Depois todo mundo bebe uma cerveja e ri da desgraça do 3x0 do seu time.
Por falar em comida, churros, pastel, sanduíche de mortadela do Mercadão. Hum, hum, huuuum. Só que a pizza ainda é o prato preferido do paulistano com várias pizzarias, de todos os tipos, espalhadas pelas cinco regiões da cidade.
E as mulheres? Loiras, morenas, pardas, japonesas, mouras. Altas, baixas, magras, gordas, e todas com seu charme. Gays, héteros e trans ainda tentam conviver em paz, mas quando se vai a Rua Augusta não importa sua opção sexual, o que vale é aproveitar os barzinhos e o Beco 230.
São Paulo da Mocidade Alegre, Vai-Vai e Nenê de Vila Matilde, entre tantas outras escolas de samba que dão um colorido ao carnaval.
São Paulo das histórias de amor, das fábricas que escurecem o dia, dos cachorros e gatos, dos vizinhos e prédios arranhando o céu. Onde o número de celular cresce a cada dia e não vamos o próximo a nossa frente. Mas ainda existem os que abaixam os aparelhos para observar o fim da tarde da Estação Brás, passando dentro do metrô. Não é mais a terra da garoa, mas da seca ou tempestades.
Mas São Paulo é a minha cidade. Onde nasci, onde cresci e onde, mesmo com os índices de violência, educação, falta de tudo, quero que os meus filhos cresçam também. É a cidade onde posso encontrar meu amigo num lugar inusitado, ou onde posso encontrar meu futuro marido. Não acredito nesse papo de "não existe amor em São Paulo".
Mas hoje, ah, São Paulo, minha senhora de 461 anos e cabelos cinzas. Você faz aniversário e cada um de nós, paulistanos ─ de coração ou por ter nascido mesmo aqui ─ lhes desejamos felicidades. Que a senhora, Dona São Paulo, seja tão acolhedora quanto és. Os problemas sempre existirão, mas resta a nós lutar para melhorar ou apenas nos conformarmos. Eu, Letícia, vou lutar para melhor. Porque São Paulo é a minha casa. Se não fosse São Paulo, eu não existiria. Obrigada por me acolher, a cada manhã. Parabéns São Paulo, pelos seus 461 anos!


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Ah, 2015. Ano novo, vida nova. Sim, vida nova! Porque esse ano eu decidi que será o meu ano. Entrei para academia e, ah, adotei uma gatinha que minha mãe salvou. E posso dizer que comecei muito bem. Mas não estou aqui, agora, para falar da Luna, minha gata, e sim da academia.

Meu primeiro dia, 12 de janeiro, foi o treino inicial. Puxado demais! Fiz 25 minutos de esteira para aquecer e depois fui para os aparelhos e até me dei bem, o meu maior inimigo foi o calor excessivo em São Paulo. No dia seguinte, esteira e bike e, meu Odin, eu não sentia mais minhas pernas depois, só que ainda assim fui para a academia no dia seguinte e fiquei tão mais tranquila. E então chegou a quinta-feira. Aula de Aeróbica. O resultado foi catastrófico. Nem conseguia levantar direito na sexta-feira para trabalhar e no sábado ainda estava doendo.
Passei o fim de semana longe da academia e então chegou a segunda-feira novamente e eu não iria mais para a academia pela manhã, por conta do calor. Professor diferente, incentivo diferente. O Vini disse que eu era guerreira só de subir as escadas da academia ─ sim, porque é muita força de vontade para aquilo. E hoje, quando cheguei e me pesei, estava lá meu primeiro resultado.
No dia 12 eu estava com 92,75kg e para quem tem singelos 1,56m de altura, isso é princípio de obesidade. Eu não queria, e não quero, chegar ao estágio de obesidade com risco de diabetes, hipertensão e, pior, um AVC. Hoje, dia 20 de janeiro de 2015, estava com 90,70kg. Menos 2,05kg de uma semana para a outra. Não deixei de comer para alcançar esse resultado, muito pelo contrário. Comecei, além da academia, a reeducar minha alimentação e meu apetite. Menos arroz e feijão, mais verduras, legumes. Frutas. Comer nas horas certas também ajudou bastante, mas sempre uma fruta!

Depois de um treino puxado, minha recompensa!
Não vou negar e dizer que não tenho preguiça, porque trabalho longe da minha casa ─ mais de uma hora e meia de condução para ir e depois o mesmo tanto para voltar ─ e não fico direito com a minha mãe, meu pai, meus animais, sem a TV ou o notebook. Tenho muita preguiça. Mas então eu lembro que já paguei 178 reais esse mês para frequentar a academia e que esse dinheiro não vai voltar, mas os dois quilos, e mais uns amiguinhos, voltarão com toda força.
Eu quero poder subir uma escada sem cansar, subir a ladeira para ir à Igreja sem ficar morrendo. Quero entrar em uma loja e encontrar uma roupa legal e que caia bem em mim. Quero usar saias e vestidos sem parecer um botijão de gás. Para ser bem sincera, quero me amar ainda mais.
Não estou fazendo academia por pura estética, mas pela minha saúde em primeiro lugar. E se você, leitora, está pensando em ir para a academia, mas está com preguiça, levanta dessa cadeira e vai caminhar, vai fazer sua matrícula na academia e vai ser feliz! Porque, infelizmente, ser feliz fora do peso ideal para a sua saúde é muito difícil.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Ah, 2014, seu ano mais do que maroto e maluco. Tantas alegrias, tristezas e revoltas você me proporcionou. Lembro do primeiro dia do ano, passei com meu irmão, minha cunhada, meus pais e a família da minha cunhada. Foi tão bom, ainda tenho o gostinho da meia-de-seda que mamãe fez com o pêssego em caldas, leite condensado e champanhe. Lembro das brigas que tive, e que não gostei em nada, com minha irmã e com muitas amigas.
Mas eu também ri e brinquei e fui muito feliz. Redescobri minha criança ao ser convidada para trabalhar com as crianças na Igreja e vi que até mesmo os pequenos podem ensinar muito sobre a vida. Rezei, agradeci e pedi. Tive minha fé a prova, mas nunca deixei Deus se afastar, na verdade, não me permiti ficar longe Dele.
Briguei com gente que não queria e com gente que merecia. Finalmente me livrei de males que vieram para o mal. Fiquei sem emprego, arrumei um estágio e, finalmente, fui chamada pelo concurso público. Tive minha mãe ao meu lado quando eu mais precisava, em silêncio, de um cafuné ou um beijo na testa para me confortar.
Ganhei novos amigos, briguei com velhos e talvez eu não fale mais em 2015 com muita gente. Mas meu 2014 eu tenho muito a agradecer. Saúde, paz, tranquilidade e até mesmo as turbulências que servem para crescimento. Obrigada, 2014, pelas oportunidades que me proporcionou e 2015, pode vir quente que eu estou fervendo. E tenho metas à cumprir.
Vamos caminhar juntos. E para você, cara leitora ─ ou leitor ─ desejo um 2015 repleto de saúde e nada de recalque. Aos meus amigos e familiares, o mesmo e que vocês possam me aturar mais um pouco neste novo ano que irá nascer às 00:00. Venha, 2015, e vá 2014 para ficar na memória!